Pular para o conteúdo principal

União Baiana de Escritores lança projeto voltado para autores do Nordeste

Será realizado lançamento com a presença da direção da UBESC, no mínimo em dois estados com o maior número de participantes.  

No mês em que se comemora o Dia Nacional do Escritor (25 de julho), a União Baiana de Escritores – UBESC, em parceria com a Revista Òmnira, lançam projeto para edição do primeiro Dicionário de Escritores Contemporâneos do Nordeste, com organização do jornalista, escritor e editor Roberto Leal.  A obra biobibliográfica é destinada a autores com livro publicado, nascidos ou residentes em todos os estados do Nordeste brasileiro (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), que tenham interesse em ampliar a divulgação do seu trabalho artístico literário. As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de setembro de 2020, via e-mail ou WhatsApp (ubesc2013@yahoo.com.br/ 71 98736-9778), onde também os interessados podem obter todas as informações.

  


Com o dicionário a UBESC tem o objetivo de ampliar os contatos com os artistas das letras dessa importante região, que deu ao Brasil e ao mundo nomes como Graciliano Ramos, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Ferreira Gullar, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, Francisca Miriam, Nísia Floresta e Tobias Barreto, personalidades de reconhecida distinção no cenário literário nacional. Na contemporaneidade existem inúmeros autores conhecidos, em muitos casos, apenas em seu estado e a UBESC deseja expandir as fronteiras desses guardiões das palavras em outras províncias.  


Para Roberto Leal, que fundou a UBESC e também realiza um trabalho de divulgação da literatura brasileira em países africanos de Língua Portuguesa, esse novo trabalho busca registrar uma parcela significativa de autores que estejam em pleno processo criativo nessa era, e, além disso, publicando livros nos mais diversos gêneros literários. A instituição almeja fazer algo relevante para a classe de escritores, não apenas da Bahia, mas em uma perspectiva que englobe todo Nordeste. “A importância do dicionário está no armazenamento dessas informações que ficarão para o futuro da literatura brasileira”, justifica o organizador.  


Na visão de Valdeck Almeida de Jesus, diretor da UBESC e um dos maiores promotores de saraus de poesia da Bahia, o dicionário é um importante registro histórico dos artistas da palavra, porque faz um recorde do momento. “Através dele (dicionário) as gerações futuras terão informações biográficas e culturais de uma geração que movimenta a cena cultural. Além de servir como forma de intercâmbio entre os participantes, ampliar os horizontes e chegar às mãos de pesquisadores, jornalistas e leitores”, explica Jesus.  


Em 2015, o jornalista Carlos Souza Yeshua, que também integra a direção da UBESC, organizou o Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia (Ed. CEPA/BA).  Agora é um dos apoiadores da realização desse novo dicionário, que pretende ser muito mais amplo por acolher nove estados da federação. “Para que a obra de um escritor seja amplamente conhecida é necessário promovê-la ao máximo. Assim, como sua marca pessoal. Não existe marca famosa sem publicidade e propaganda. E com o trabalho artístico não é diferente, portanto, é fundamental investir em divulgação”, aconselha o jornalista. Yeshua reforça ainda que o dicionário é um instrumento singular de promoção do escritor, tanto para o presente, como para o futuro.


Investimento e divulgação – Como a publicação do projeto não conta com financiamento público ou empresarial, o custo da publicação será financiado coletivamente pelos próprios participantes. O investimento será de R$ 200, (a vista) ou em 2 parcelas de R$ 100 (com direito a 2 exemplares – entregues via ECT). 


A perspectiva é de uma tiragem de no “mínimo” 1.000 (mil exemplares), que também serão distribuídos a entidades, bibliotecas, veículos de imprensa, universidades, Academias de Letras e centros culturais. Dessa forma reforçará o processo de divulgação desse registro literário, beneficiando a carreira e preservando a história de centenas de escritores veteranos ou iniciantes, anônimos ou famosos. Os dois estados que tiverem o maior número de participantes terão lançamento oficial com a presença da direção da UBESC.  

 

Serviço:  

   

O quê: Inscrições para o Dicionário de Escritores Contemporâneos do Nordeste  

Onde/Realização: União Baiana de Escritores – UBESC & Revista Òmnira  

Quando: Até o dia 30 de setembro de 2020.  

Investimento: R$ 200  

Informações: (71) 98736-9778 (WhatsApp – Roberto Leal). E-mail: ubesc2013@yahoo.com.br, ou ainda: www.fundacaoomnira.com.br – site Revista Òmnira, no “Fale conosco”.  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Antes de passar na Bienal, passe no Nosso Sarau: Confira programação

A edição deste mês do Nosso Sarau já é uma prévia do que vai acontecer na Bienal do Livro Bahia. Não só a convidada, Rita Santana, mas grande parte dos escritores presentes participarão de mesas, lançamentos de livros e outras atividades. No dia 24/04, quarta-feira, às 18h, o Goethe Institut Salvador recebe a escritora Rita Santana para um bate papo sobre a sua trajetória literária e uma sessão de autógrafos do seu novo livro “Borrasca”, lançado recentemente. A abertura será ao som de músicas francesas com a participação de Dilu Machado, Lícia Souza e o violonista Marcus André. Logo a seguir acontece um recital com a presença de Alda Valéria, Alvorecer Santos, Ametista Nunes, Cacau Novaes, Décio Torres, Ramon Argolo, Rosana Paulo, Vitória Régia e Wesley Correia. A programação continua com a apresentação musical de Chá Rize, bate papo com a escritora convidada, sessão de autógrafos e mais recital de poemas, além do microfone aberto para o público presente. O Nosso Sarau é realizad

Cacau Novaes entrevista Nego Jhá: 'Vem pro cabaré'

Nêgo Jhá é uma banda do interior da Bahia, da cidade de Iguaí, situada no Centro Sul do estado, criada em janeiro de 2018, por Guilherme Santana e Gabriel Almeida, através de u ma simples brincadeira entre amigos, que resultou em um trabalho profissional.  A banda já contabiliza mais de 30 milhões de visualizações no YouTube com suas músicas, entre elas, destaca-se “Cabaré”, música de trabalho gravada por artistas famosos, que compartilharam vídeos, que viralizaram na internet, ouvindo e dançando o hit do momento em todo o Brasil. Até no BBB21 da Rede Globo já tocou a música dos garotos. Foto: Divulgação Confira abaixo a entrevista com os integrantes da Nego Jhá: Cacau Novaes - Como surgiu a ideia de criar Nego Jhá? Como tudo começou?  Nego Jhá -  Através de uma brincadeira entre mim, Guilherme, e meu amigo Gabriel, que toca teclado.  No início não tínhamos em mente de que isso se tornaria algo profissional, pensamos apenas em gravar por diversão e resenha. Cacau Novaes -  É uma dupl

Cacau Novaes lança, neste sábado (6), seu novo livro: “Eu só queria ver o pôr do sol”

O poeta e escritor Cacau Novaes lança, neste sábado (6), às 16h, o seu novo livro de poemas, intitulado “Eu só queria ver o pôr do sol”, pela Editora Mondrongo. O evento acontece em Salvador, na Cervejaria ArtMalte, na Rua Feira de Santana, 354, Rio Vermelho. Neste seu novo livro, Cacau Novaes se debruça sobre a terra arrasada pelas guerras, as mazelas da humanidade, os problemas sociais das grandes cidades, como os esgotos a céu aberto, entro outros. Poesia que nasce no seio de onde vem o cheiro de miséria e a desigualdade. Outros cinco autores também lançam, além de Cacau Novaes, os seus livros, no mesmo dia e local, em uma grande celebração literária: André Lemos, Antônio Brasileiro, Clara Pamponet, Douglas de Almeida e Vinícius Cardona. Segundo Gustavo Felicíssimo, editor da Mondrongo, será um “esquenta” para a Bienal do Livro da Bahia, que acontece de 26 de abril a 1º de maio no Centro de Convenções da Bahia. Durante a bienal, no Espaço das Editoras baianas, haverá um segundo mo

Os morcegos estão comendo os mamãos maduros, de Gramiro de Matos

Sim, morcegos de fato comem mamãos, ou mamões maduros, mas, não é sobre morcegos nem sobre mamões o segundo e que eu saiba, derradeiro romance de Gramiro de Matos, ou Ramiro de Matos, ou Ramirão Ão Ão, cujo subtítulo, é,”O besta y a doida”, é sobre... Bem, é sobre lombrigas e angústia, sobre o que fazer da vida, seja você um viadinho suburbano, uma filha de deputado, um bêbado amante da filha do deputado, um maconheiro, um pintor ensandecido, um atropelado, ou duas belas jovens pegando carona na Rio-Bahia. O livro é sobre o belo e o horroroso da vida, que você pode passar com dor ou com muita dor. A escolha é sua, ou talvez não, mas, porém, contudo e entretanto, “O besta y a doida”, que mistura português com espanhol, James Joyce ( seu Jaime, para os chegados) com Gregório de Matos, os tupis e os atlantes, não é um livro triste, pelo contrário, é um livro até esperançoso, Macunaíma dos anos 70,embora o autor prefira Oswald a Mário de Andrade, mas o que sabe um autor do livro que

Maravilhas do conto português para o leitor brasileiro

Depois de  A cidade de Ulisses , Teolinda Gersão, uma das mais importantes contistas e romancistas da literatura portuguesa contemporânea, lança agora no Brasil  Alice e outras mulheres , uma antologia de contos organizada por Nilma Lacerda. Se, em  A cidade de Ulisses , está Lisboa no poema épico de Homero, em "Alice in Thunderland", conto que fecha a nova antologia, a escritora portuguesa revisita a personagem de Lewis Carrol, registrando a sua versão da história: “Vou repor a verdade e contar eu mesma a história, tal como agora a contei, em pensamento”. O livro conta com textos já publicados por Teolinda ao longo de seus 40 anos de trajetória literária, no entanto, esta organização publicada pela editora Oficina Raquel é inédita para o público brasileiro. Por trás da escolha dos contos que compõem a seleta, está o objetivo de mostrar todo o poder do feminino, ainda que muitas vezes silenciado e, neste sentido, nada melhor do que uma das mais célebres personagens da nossa l