Pular para o conteúdo principal

O filho daquele que mais brilha: A incrível saga do Quilombo dos Palmares no Novo Mundo

Vivendo em Israel, mas com raízes nordestinas, o autor JP Santsil narra em seu romance de ficção histórica a incrível saga do Quilombo dos Palmares no Novo Mundo, e a trajetória de vida do seu líder Zumbi dos Palmares desde seu nascimento na N’gola N’janga (como era chamado o quilombo pelos descendentes africanos do antigo Congo), até a sua brutal morte nos sumidouros do atual Estado do Alagoas, assassinado pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho.

Foto: Divulgação

A narrativa começa contando a história de um preto velho griot de nome Djeli, descendente dos antigos povos Mandês, os Mandinkas. Esse sábio ancião africano se torna o tutor espiritual e moral do jovem príncipe de Palmares, N’zambi. Quando este retorna ao quilombo após nove anos de sua captura por uma expedição portuguesa que incendiou boa parte desse refúgio dos negros escravizados no Novo Mundo.

O príncipe de Palmares, depois que retorna à N’gola N’janga, resolve viver junto ao preto velho Djeli. Pois sente em seu coração que poderia aprender muito da sua tradição africana, observando e escutando as ações e palavras deste ancião griot. Djeli vê em N’zambi o cumprimento de uma antiga profecia africana segundo a qual de tempos em tempos, no fim e no início de uma nova era, quando uma geração entra em caos, e o povo desta geração está em grande sofrimento e tamanha ignorância do Sagrado e Eterno Contínuo, surge um homem dotado de toda a força, o Grande Guerreiro que é o Filho Daquela Que Mais Brilha. E investe todos os seus esforços preparando o jovem N’zambi para ser esse grande guerreiro libertador.

A saga tem palco no período historicamente conhecido como Brasil Colonial, no Outeiro ou Serra da Barriga na antiga Capitania de Pernambuco, ou Nova Lusitânia, como era chamada pelos colonos portugueses, que compreendia os atuais estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e a porção ocidental da Bahia. E nos conta uma história de amor e luta, esperança e liberdade, e crenças messiânicas em um período trágico da história brasileira.

Está obra retrata os fatos verídicos da época, envolta em uma bela e inteligente ficção imaginativa. Comprovando a sagacidade e habilidade do autor, que provavelmente mergulhou a fundo na história, revivendo e coligando os muitos personagens, ambientes e situações que vão além das paliçadas do Quilombo dos Palmares.

Embasada em sete anos de pesquisa com viagens a Lisboa e Amsterdam e, quatro anos de escrita. A seguinte obra de ficção histórica literária, questiona: O que há de engodo? E, o que há de verdade nessa história? Desmistificando relatos, ou até, mitificando fatos não só da história do Quilombo dos Palmares, seus líderes e oponentes, como, também, revelando segredos e mistérios ocultos da descoberta e fundação do Brasil. Que vai desde a Europa Medieval, a inquisição católica e o aculturamento dos judeus sefarditas em cristãos-novos, e seus movimentos criptojudeus libertários, até a África e os seus muitos originais impérios africanos, desembarcando em terras dos nativos e originais povos das florestas tropicais sul-americanas, classificados pejorica e ignorantemente, como: "índios", pelos cristãos ibéricos europeus. Relatando, também, a colonização espanhola e holandesa, em especial, a Capitania de Pernambuco.

Nenhum outro livro revela a fantasia que virou realidade, e a verdade que se transformou em engodo como este. Sendo um romance de ficção histórica, porém, preservando 100% dos fatos, assim ditos, verídicos pelos historiadores. Revelando segredos acadêmicos, desmistificando os achismos e impressões dos muitos historiadores, como os seus objetivos e discursos manipulatórios. Também, desmascara a fantasia histórica criada pelos diversos movimentos de ativismo negro, em relação a Palmares e seus líderes, para embasar as suas causas e objetivos. Não procurando agradar nem a grego e, nem a troianos, nem a "pretos" e, nem a "brancos", mas buscando relatar um pouco de verdade histórica, sem manipulações partidárias.

​Incluindo a tudo isso: muita poesia; filosofia; sabedorias práticas, suficientes, sustentáveis e permanentes do cotidiano e da natureza; além de muita cultura, ancestralidade e espiritualidade por parte do protagonista, o preto velho GRIOT, Djeli.

Obra indispensável não só para os brasileiros, como também para aqueles que querem entender esse grande holocausto humano que foi a escravidão nas Américas e seus processos abolicionistas. É também uma divertida forma de se ler a história, sendo romanceada, em que os personagens são vivos, falam e pensam, indo muito mais além dos livros acadêmicos, em que os historiadores relatam apenas ações, cujo esses mesmos personagens não são animados, mas cadáveres expostos nos museus das letras. Sendo, um documento animado, dramatizado e romantizado, sem partido, dando aos personagens emoção e vida.

Se quiserem não tão-somente entender, mas viver o que aconteceu no período colonial português, holandês e espanhol no Brasil, não deixem de ler esta incrível obra com que o autor JP Santsil presenteou a humanidade, com: O FILHO DAQUELA QUE MAIS BRILHA: A incrível saga do Quilombo dos Palmares no Novo Mundo.

Biografia:

Nasceu em Salvador, capital do Estado da Bahia, tendo se dedicado mais da metade de sua vida a projetos de ativismo social, educacional, cultural e ecológico com crianças e jovens em estado de risco e extrema pobreza nas favelas e comunidades carentes do Brasil e Ecuador. Atualmente vive e é cidadão do Estado de Israel, oriente médio asiático, onde se dedica a projetos ecologicamente sustentáveis, e em particular, numa mesinha de sua casa em sua espiritualidade tenta criar um mundo novo mais ou menos perfeito em sua paixão por escrita e amor a literatura. ​

Como adquirir o livro:
  • Site da Chiado Books (frete grátis para todo o Brasil, lembrando que é necessário trocar a moeda de EURO para REAL no ícone vermelho acima)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Morrre, aos 80 anos, o escritor iguaiense Gramiro de Matos - 'Ramirão' - um dos representantes da literatura no Tropicalismo

Faleceu na manhã de hoje (7), aos 80 anos, o escritor iguaiense Ramiro Silva Matos Neto, que assinava seus livros como Gramiro de Matos ou ainda Ramirão ão ão. Um dos representantes na literatura do movimento tropicalista, ou Tropicália, juntamente com seus dois parceiros Waly Salomão e Torquato Neto. Gramiro de Matos - Foto: Mário Cravo Neto O velório e sepultamento acontecem amanhã (8), a partir das 9 horas, na Sala 06 no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. Gramiro de Matos, o tropicalismo e a poesia marginal Gramiro de Matos - Foto: Mário Cravo Neto (colorizada artificialmente) A poesia marginal teve um momento marcante com o lançamento da coletânea 26 poetas hoje (1975), organizada por Heloísa Buarque de Hollanda. Nessa coletânea, Heloísa faz um balanço de todo o período, publicando lado a lado a nova geração e alguns dos poetas que já estavam envolvidos com outros movimentos culturais, como o tropicalismo e a marginália. Waly Salomão, Torquato Neto, José Carlos Capinan e Duda Ma...

Cacau Novaes entrevista Nego Jhá: 'Vem pro cabaré'

Nêgo Jhá é uma banda do interior da Bahia, da cidade de Iguaí, situada no Centro Sul do estado, criada em janeiro de 2018, por Guilherme Santana e Gabriel Almeida, através de u ma simples brincadeira entre amigos, que resultou em um trabalho profissional.  A banda já contabiliza mais de 30 milhões de visualizações no YouTube com suas músicas, entre elas, destaca-se “Cabaré”, música de trabalho gravada por artistas famosos, que compartilharam vídeos, que viralizaram na internet, ouvindo e dançando o hit do momento em todo o Brasil. Até no BBB21 da Rede Globo já tocou a música dos garotos. Foto: Divulgação Confira abaixo a entrevista com os integrantes da Nego Jhá: Cacau Novaes - Como surgiu a ideia de criar Nego Jhá? Como tudo começou?  Nego Jhá -  Através de uma brincadeira entre mim, Guilherme, e meu amigo Gabriel, que toca teclado.  No início não tínhamos em mente de que isso se tornaria algo profissional, pensamos apenas em gravar por diversão e resenha. Ca...

Descobridor de talentos, Sérgio Mattos celebra os 20 anos de 40⁰ Models

Sérgio Mattos celebra os 20 anos de sua 40º Models e reflete sobre o legado construído nessas duas décadas Sérgio Mattos - Foto: Reprodução/Facebook   Gisele Bündchen  era ainda uma menina quando fez sua primeira viagem internacional como modelo. O destino era a ilha de Ibiza, o balneário e já epicentro da ferveção na Espanha. Ao lado dela, seu primeiro  booke r:  Sergio Mattos . Couber a ele descobrir e lançar  Isabeli Fontana ,  Rômulo Arantes Neto  e  Raica Oliveira , entre outros nomes reunidos por Serginho, como é conhecido, na  40º Models , agência criada por ele em 25 de outubro de 2004, há exatos 20 anos. Foto:  Vicente de Paulo – Parece que foi ontem e, por outro lado, quando a gente se dá conta, parece que já dura uma eternidade – reconhece o empresário por telefone, tendo como fundo musical a clássica gravação de “Something” na voz dos Beatles.  – Afinal, são gerações e gerações que despontaram aqui e que estão inseridas ...

Maravilhas do conto português para o leitor brasileiro

Depois de  A cidade de Ulisses , Teolinda Gersão, uma das mais importantes contistas e romancistas da literatura portuguesa contemporânea, lança agora no Brasil  Alice e outras mulheres , uma antologia de contos organizada por Nilma Lacerda. Se, em  A cidade de Ulisses , está Lisboa no poema épico de Homero, em "Alice in Thunderland", conto que fecha a nova antologia, a escritora portuguesa revisita a personagem de Lewis Carrol, registrando a sua versão da história: “Vou repor a verdade e contar eu mesma a história, tal como agora a contei, em pensamento”. O livro conta com textos já publicados por Teolinda ao longo de seus 40 anos de trajetória literária, no entanto, esta organização publicada pela editora Oficina Raquel é inédita para o público brasileiro. Por trás da escolha dos contos que compõem a seleta, está o objetivo de mostrar todo o poder do feminino, ainda que muitas vezes silenciado e, neste sentido, nada melhor do que uma das mais célebre...

Os morcegos estão comendo os mamãos maduros, de Gramiro de Matos

Sim, morcegos de fato comem mamãos, ou mamões maduros, mas, não é sobre morcegos nem sobre mamões o segundo e que eu saiba, derradeiro romance de Gramiro de Matos, ou Ramiro de Matos, ou Ramirão Ão Ão, cujo subtítulo, é,”O besta y a doida”, é sobre... Bem, é sobre lombrigas e angústia, sobre o que fazer da vida, seja você um viadinho suburbano, uma filha de deputado, um bêbado amante da filha do deputado, um maconheiro, um pintor ensandecido, um atropelado, ou duas belas jovens pegando carona na Rio-Bahia. O livro é sobre o belo e o horroroso da vida, que você pode passar com dor ou com muita dor. A escolha é sua, ou talvez não, mas, porém, contudo e entretanto, “O besta y a doida”, que mistura português com espanhol, James Joyce ( seu Jaime, para os chegados) com Gregório de Matos, os tupis e os atlantes, não é um livro triste, pelo contrário, é um livro até esperançoso, Macunaíma dos anos 70,embora o autor prefira Oswald a Mário de Andrade, mas o que sabe um autor do livro que...