Pular para o conteúdo principal

Pandemia: O que estamos aprendendo?

Antes eu, você, todos nós poderíamos pensar: "Só mais um pouquinho, vou continuar dormindo na cama" ou "Aluz do Sol é dolorosa ou chata" ou, sei lá, "A luz me incomoda". Ou, "Tenho que levantar cedo para trabalhar". Antes pensávamos tantas mediocridades: compras supérfluas, ouvir pessoas fúteis. 

Foto: Divulgação

Estar entre seres desumanos. Antes do mundo inteiro estar se transformando em um planeta marcado por muitas dores, perdas e caos. Eu, você, começamos a ver nossos jovens amigos partirem subitamente. Nossos idosos serem tratados como objetos inanimados sem respeito a tudo que viveram. Nossos amigos negros desaparecerem por motivos injustos, absurdos e cruéis. Vimos com os nossos próprios olhos o quanto a humanidade já estava hiper contaminada de ideologias do mal e desumanidade, violência.

O mundo antes já estava um pandemônio. Para algumas pessoas, quem cuida da natureza é um imbecil. Quem cuida dos direitos das crianças e dos adolescentes, jovens e dos idosos também. Para algumas pessoas, somos completamente imbecis. Quem luta pelos direitos dos trabalhadores é um babaca, segundo uma minoria preconceituosa, usurpadora, elitista, ofensiva, estúpida. Quem luta por nós, mulheres, é um otário para estes seres desprezíveis que alcançaram fama, dinheiro, luxo, poder.

Quando estas pessoas que costumam pensar assim e não têm argumentos, só xingamentos, elas passam a querer matar, a querer destruir o mundo. Vivem num mundo rico em diversidade e não respeitam esta diversidade e os limites da nossa constituição e querem criar uma bolha capitalista selvagem para viverem em paz. Esta babaquice, esta estupidez tem que acabar. É preciso acabar com este sistema capitalista. Este sistema que coloca muito nas mãos de poucos. É um sistema excludente, avassalador, destrutivo, violento. É preciso criar uma nova estrutura de sociedade. É preciso dar o grito de basta! Chega! Quem paga mais impostos são todos que não possuem condições de vida adequada. Esta realidade dói. Chega! Basta! Vamos pensar no todo, no coletivo.

Já temos a noção de que este dia que se inicia não nos pertence mais. Tudo está nas mãos de Deus. E Deus está irado com tanta perversidade neste mundo. Mais um dia de luta em favor da vida. Mais um dia para não ter a vida sufocada. Para não morrermos sufocados. Para lutarmos também pela nossa jovem democracia. É triste ver jovens que só querem um minutinho de fama defenderem pessoas tão desqualificadas no poder, que trazem à tona teorias fascistas e nazistas, sem nem sequer compreenderem o significado da palavra cultura. Que desprezam a grande riqueza cultural do nosso país. Que afirmam ter nojo de índios. Que diariamente incitam pessoas ao discurso patético e negacionista do "gabinete do ódio". Eles inflamam ódio por onde deixam o seu rastro de dor e sangue. No lugar desta barbaridade, eles matam pessoas ingênuas através de fake news, ganhando adeptos por plantarem o discurso do ódio.

Uma forma de minar a confiança dos brasileiros e brasileiras naquelas pessoas que lutam por um país melhor. Infelizmente, as maiores vítimas de fake news não tiveram acesso à educação, informação, conhecimento, arte, cultura, ciência. Por não terem tido acesso a educação, que narra fatos históricos verdadeiros, as vítimas de falsas notícias estão sem condições de separar a verdade da mentira. Estes senhores e senhoras no poder torturam os que são mais frágeis e atacam os mais fortes opositores e críticos deles. Destroem sonhos. Essa gente mesquinha não valoriza Deus. Eles e elas proclamam-se os próprios deuses de uma parcela da população que, infelizmente, se acha representada por eles. Eles são falsos deuses. Vamos seguindo e lutando. "O Sol nasce para todos". Só não sabe quem não quer.


Por Andréa Ermelin

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cacau Novaes entrevista Nego Jhá: 'Vem pro cabaré'

Nêgo Jhá é uma banda do interior da Bahia, da cidade de Iguaí, situada no Centro Sul do estado, criada em janeiro de 2018, por Guilherme Santana e Gabriel Almeida, através de u ma simples brincadeira entre amigos, que resultou em um trabalho profissional.  A banda já contabiliza mais de 30 milhões de visualizações no YouTube com suas músicas, entre elas, destaca-se “Cabaré”, música de trabalho gravada por artistas famosos, que compartilharam vídeos, que viralizaram na internet, ouvindo e dançando o hit do momento em todo o Brasil. Até no BBB21 da Rede Globo já tocou a música dos garotos. Foto: Divulgação Confira abaixo a entrevista com os integrantes da Nego Jhá: Cacau Novaes - Como surgiu a ideia de criar Nego Jhá? Como tudo começou?  Nego Jhá -  Através de uma brincadeira entre mim, Guilherme, e meu amigo Gabriel, que toca teclado.  No início não tínhamos em mente de que isso se tornaria algo profissional, pensamos apenas em gravar por diversão e resenha. Ca...

Nosso Sarau recebe o escritor carioca Bruno Black na edição de setembro

Morador da comunidade do Fumacê, é autor de diversos livros e organiza eventos culturais no Rio de Janeiro O Nosso Sarau de setembro traz como convidado o poeta, escritor infantil, produtor cultural, agente literário, educador social, ativista sociocultural e apresentador Bruno Black, que acontece no dia 24, das 18h às 21h30, no KreativLab do Goethe-Institut Salvador. O escritor participa de um bate papo sobre os seus livros e o seu trabalho com mediação de Cacau Novaes, além de sessão de autógrafos de duas de suas obras: Tarja Preta (poesia) e Cadê Tia Suely? (infantil). O evento ainda tem recital de poesia com Alvorecer Santos, Ametista Nunes, Cacau Novaes, Glória Terra, Lícia Souza, Lucas de Matos, Pareta Calderasch, Rita Pinheiro, Rosana Paulo e Valdeck Almeida de Jesus. Além disso, a noite será animada com apresentações musicais de Chá Rize e Sílvio Correia. Com produção e curadoria de Cacau Novaes e coordenação artística de Alvorecer Santos, o Nosso Sarau é um evento gratui...

Livros de Cacau Novaes concorrem a dois importantes prêmios literários do Brasil

Três livros do escritor José Carlos Assunção Novaes (Cacau Novaes) estão concorrendo a dois importantes prêmios literários do Brasil, o Oceanos e o Jabuti, ambos considerados de grande relevância para a literatura do país. Cacau Novaes - Foto: Divulgação Para o Prêmio Oceanos de Literatura, foram indicados os livros “Eu só queria ver o pôr do sol” e “Fonte de Beber Água”. Já ao Prêmio Jabuti, estão concorrendo “Português Afro-brasileiro: O preenchimento do sujeito pronominal na comunidade quilombola de Lagoinha”, “Eu só queria ver o pôr do sol” e “Fonte de Beber Água”. Sobre os livros : Português Afro-brasileiro : O preenchimento do sujeito pronominal na comunidade quilombola de Lagoinha – Este livro de José Carlos Assunção Novaes, decorrente de sua tese de doutoramento, apresenta um importante panorama sobre a questão a partir do estudo da comunidade quilombola da Lagoinha, localizada no estado da Bahia. Além de apresentar uma importante descrição sócio-histórica da comunidad...

IGUAÍ: Lançamento de livros de Cacau Novaes é adiado devido às fortes chuvas

O lançamento dos livros O Sujeito Nulo no Português Popular da Bahia e Xande e o Sapo Romualdo , do escritor José Carlos Assunção Novaes (Cacau Novaes), que aconteceria na próxima sexta-feira (17), será adiado, devido às fortes chuvas que vêm ocorrendo na região. O evento seria realizado na sede da Biblioteca Municipal Professora Eulina Assunção Novaes e também na Praça Juracy Magalhães, onde aconteceria uma programação cultural com apresentações de grupos do SCFC e da Acão Social do município e shows com Braulito Novaes e Héberton Costa, além de um bate papo com o escritor e uma sessão de autógrafos. Uma nova data será marcada e informada pela Diretoria da Biblioteca Pública Municipal e da Secretaria Municipal de Educação. Já está programado um lançamento do livro O Sujeito Nulo no Português Popular da Bahia em Salvador para o mês de março de 2022.

Sérgio Mattos abre um panorama dos modelos brasileiros nos últimos 30 anos

Há 31 anos atrás comecei minha carreira.  Eu era gerente da Yes Brazil, loja mais badalada nos anos 1980. Foi lá que comecei a ter mais contato com o mundo da moda. Nesta época, os modelos que estavam na crista da onda eram Jens Peter, Sérgio Mello, entre outros.  Sérgio Mattos - Foto: Marcio Farias Em 1986, o fotógrafo norte-americano Bruce Weber esteve no Brasil para fazer o livro “Rio de Janeiro”, sobre a Cidade Maravilhosa. Com isso, o mundo abriu os olhos curiosos sobre a moda e os modelos brasileiros. Foi a partir daí que o Rio de Janeiro entrou definitivamente no roteiro fashion mundial e muita gente boa fez sucesso! Afinal, não foram só as mulheres que aconteceram, os homens brasileiros sempre venderam bem e são os queridinhos do mercado internacional! Jens Peter para Giorgio Armani Perfumes O mercado de modelos estava começando a bombar no Brasil e a Elite Model, agência internacional do icônico John Casablancas (1942 – 2013), começou a fazer um concurs...